segunda-feira, 9 de março de 2009

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China confirma que prevê dias difíceis, mas planeja crescer 8% em 2009

Em seu discurso ao Parlamento, Wen Jiabao confirmou a afirmação de que a China enfrenta "desafios sem precedentes" diante de uma crise econômica mundial que se agrava.
Agência O Globo - 5/3/2009 - 06h48

PEQUIM, China, 4 Mar 2009 (AFP) - A China prevê um futuro econômico difícil para o planeta, mas espera crescer 8% em 2009, mantendo uma inflação de 4% no mesmo período, revelou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, na abertura da Assembléia Nacional Popular (ANP), que iniciou sua sessão anual nesta quinta-feira.
Em seu discurso ao Parlamento, Wen Jiabao advertiu que a China enfrenta "desafios sem precedentes" diante de uma crise econômica mundial que se agrava.
"Estamos plenamente confiantes de que superaremos as dificuldades e os desafios, e temos as condições e a capacidade para fazer isto", disse Wen para os cerca de 3 mil delegados reunidos em Pequim.
Wen admitiu que a terceira economia mundial está sendo golpeada em cheio pela crise, e que os indicadores não predizem uma rápida recuperação global.
"Enfrentamos dificuldades e desafios sem precedentes. A crise financeira global prossegue expandindo e piorando. A demanda continua caindo nos mercados internacionais, a tendência de deflação é óbvia, ressurge a tendência do protecionismo (...) mas enquanto adotarmos e aplicarmos as boas políticas e as medidas apropriadas, seremos capazes de alcançar o objetivo" de 8% de crescimento, garantiu Wen Jiabao ao Parlamento.
Wen admitiu que os principais problemas da China, agravados pela crise mundial, são um sistema inadequado de previdência social, um sistema de saúde incompleto e a inadequada divisão das riquezas.
Para vários economistas, um crescimento de ao menos 8% é fundamental para manter um nível suficiente de criação de empregos na China.
O crescimento econômico chinês foi muito abalado em 2008 devido à crise econômica e financeira internacional, ficando em 9%, contra 13% do ano anterior.
O gigante asiático já anunciou um plano de reativação econômica de 4 trilhões de iuanes (465 bilhões de euros) para enfrentar a crise mundial, mas nenhum outro projeto de relançamento foi comunicado hoje.
O premier chinês revelou que o governo antecipa um déficit no Orçamento de 950 bilhões de iuanes (140 bilhões de dólares) em 2009, em parte devido ao plano de reativação econômica, voltado especialmente para aumentar o gasto doméstico, melhorar a assistência social, ampliar a ajuda aos 800 milhões de pobres que vivem no campo e apoiar as indústrias-chave, como siderúrgicas e fábricas de veículos.
O premier afirmou ainda que a China manterá o iuane a uma taxa "relativamente estável" em 2009.
"Vamos continuar aperfeiçoando o mecanismo de formação da taxa de câmbio do iuane, que deverá permanecer relativamente estável e situar-se em um nível equilibrado e racional no mercado", afirmou Wen em seu discurso.
O valor do iuane é um tema tradicional de disputa entre Pequim e os países ocidentais, com os Estados Unidos na liderança, que acusam a China a manter sua moeda em um nível artificialmente baixo para favorecer as exportações.
Antes da posse do presidente americano, Barack Obama, o secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, acusou a China, em janeiro, de "manipular sua moeda", provocando protestos em Pequim.


Turbulência global | 09/03/2009 | 07h01min

Bolsa de Tóquio fecha no menor nível em 26 anos

Principais pregões da Ásia fecharam em baixa nesta segunda-feira

Os principais pregões da Ásia começaram a semana em queda. O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio teve perdas de 1,21%, a 7.086,03 unidades, o menor nível desde 6 de outubro de 1982. O mau desempenho foi puxado pelo anúncio de um déficit por conta corrente de 172,8 bilhões de ienes (US$ 1,758 bilhão) em janeiro no Japão, o primeiro nos últimos 13 anos.

O índice Hang Seng da Bolsa de Valores de Hong Kong fechou em forte baixa de 4,84%. A Bolsa de Shangai fechou em queda de 3,39%. A exceção foi a Bolsa de Seul, que fechou em alta de 1,58%.

O Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) divulgou relatório nesta segunda-feira apontando que as instituições financeiras da Ásia perderam quase US$ 9,6 trilhões em 2008 por causa da crise econômica. alta de 1,20% às 7h de Brasília. Frankfurt registrava ganhos de 1,24%, enquanto Paris subia 1,79%.
ZEROHORA.COM COM AGÊNCIAS E SITE G1

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