segunda-feira, 6 de abril de 2009

Previsão de crescimento para Ásia cai pela metade

As economias da Ásia registrarão este ano o menor crescimento desde a crise que atingiu o continente em 1998, previu nesta terça-feira (31) o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD).

Em seu relatório, a entidade multilateral com sede em Manila, nas Filipinas, afirma que a economia da Ásia, se excluindo o Japão, crescerá em 2009 uma média de 3,4%, previsão bem mais pessimista em comparação com a anunciada em setembro passado, de 7,2%.

"Há grandes riscos associados a este panorama global", disse o presidente do BAD, Haruhiko Kuroda, durante a apresentação do relatório.

Kuroda destacou que a efetividade das respostas globais contra a crise continua sendo incerta. "As chamadas em voz alta a favor de políticas protecionistas se tornaram preocupantes", afirmou.

Segundo o relatório, as economias da Ásia podem dar sinais de recuperação a partir do próximo ano e chegar a um crescimento médio de 6%.
Os dados recolhidos no relatório refletem que a economia da China, considerada o maior motor do crescimento econômico da região, crescerá 7% em 2009, abaixo dos 9% do ano passado.

EDP quer investir nas energias limpas na China

Trabalhar na China nas tecnologias das energias limpas está no horizonte da Energias de Portugal (EDP). Até ao final deste ano, a empresa portuguesa quer entrar no mercado chinês das energias renováveis. Este é um objectivo que vem no seguimento da criação da EDP-Energy Solutions Asia há dois meses.


Em declarações à agência Lusa, João Marques da Cruz, administrador executivo da EDP-Energy Solutions Asia, disse que o grupo não investirá de imediato na China, mas que aquele mercado asiático está "no mapa" empresarial da EDP, até porque a empresa portuguesa presta atenção às oportunidades oferecidas pela China, nomeadamente ao nível de "fazer parcerias para transferência de conhecimento e gestão de projectos".


Só numa "segunda fase" e "correndo bem estas parcerias" é que a EDP poderá partir para um investimento real, o que, a acontecer, só terá lugar algures nos próximos três anos. É de esperar, no entanto, que se realizem, ainda em 2009, "contratos de prestação de serviços".


Segundo o administrador, a escolha da China está relacionada com a "enorme oportunidade" que aquele país representa para a área das energias limpas. A EDP terá a oferecer "os sistemas, os conhecimentos e as pessoas treinadas" para poder operar nos equipamentos já disponíveis que permitam atingir eficácia energética e reduzir emissões num país em que a poluição está na ordem do dia. "É conhecimento que nós queremos trazer", conclui João Marques da Cruz.


Em Fevereiro, e segundo a embaixada chinesa em Portugal, a EDP e o empresário Stanley Ho anunciaram a criação da EDP-Energy Solutions Asia, empresa direccionada para investimentos na China na área das energias limpas, em que o grupo português e o empresário repartiam o capital em 60-40, respectivamente.


A EDP-Energy Solutions Asia, com sede em Pequim, opera na prestação de serviços de "assistência técnica, consultadoria e gestão operacional a empresas chinesas", além de funcionar como um "observatório de oportunidades de investimento" na China.


Para além da recém-criada EDP-Energy Solutions Asia, a EDP está presente no mercado asiático com uma participação na Companhia de Electricidade de Macau onde, em Janeiro, a EDP anunciou um investimento para 2009 de 92 milhões de euros. Na altura, o administrador executivo da Companhia de Electricidade de Macau, Franklin Willemyns, tinha defendido a necessidade de "mais investimento" na produção de energia com recurso a gás natural.

SC busca mercado para carne na Ásia

Incentivar mais empresários do setor moveleiro catarinense a participar da principal feira do Sudeste Asiático e intervir junto às agroindústrias para garantir fornecimento constante de carne congelada à Cingapura.

Estas foram as decisões da missão da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) na Ásia, depois dos encontros realizados ontem. Na parte da manhã, os empresários visitaram a Singapore Furniture Industries Council (SFIC), associações dos moveleiros locais. Segundo o presidente da entidade, Andrew NG, a integração com Santa Catarina passa pela maior participação na feira do setor, realizada sempre em março.

A exposição contou, na última edição, com 471 expositores de 33 países – 80% das nações que compõem o Asean, mercado comum asiático, e 20% internacionais – e reuniu 15 mil visitantes de 118 países.– A única empresa catarinense presente ao nosso evento participa há nove edições. Se eles estão fazendo negócios é porque há oportunidades de negócios – afirmou.

O presidente da Fiesc, Alcantaro Côrrea, sugeriu uma missão da SFIC ao Brasil, e garantiu que a federação vai incentivar a participação de mais catarinenses na feira do próximo ano. Andrew concordou em organizar uma delegação para visitar SC.

Preocupação é grande com possível desabastecimento

A comitiva catarinense foi recebida por diversos importadores cingapurianos de carnes congeladas na reunião com a Meat Traders Association (MTA), associação de comércio de carnes do país. Lá, a missão da Fiesc ouviu que a principal preocupação do setor é que, com o retorno das exportações de carne suína para a Rússia, o mercado de Cingapura seja deixado de lado pelas agroindústrias catarinenses.– Queremos aumentar nossas importações, tanto de frango quanto de carne suína. Mas não temos fornecimento constante – disse o diretor da MTA, Johnson Oh.

Segundo ele, embora tradicionalmente o mercado asiático prefira carne fresca, o consumo de produtos congelados aumentou muito nos últimos 10 anos. O consumo per capita, hoje está em 33 quilos, cresceu 60% em uma década. No ano passado, houve aumento de 25% na importação de carne de frango (80% de SC e o restante do RS). E a expectativa é de aumentar ainda mais este ano.Os principais gargalos são a ausência de credenciamento das empresas brasileiras (apenas as principais se submetem aos relatórios exigidos) e a inconstância no abastecimento, já que qualquer melhoria em outros mercados significa redução do fornecimento para Cingapura.

Coreia do Norte lança foguete e aumenta tensão no sul da Ásia

A Coreia do Norte cumpriu a promessa e lançou ontem um foguete de longo alcance sobre o mar do Japão.

O dispositivo pode carregar tanto um satélite, como afirma o governo, ou uma ogiva nuclear, como temem os EUA, a Coreia do Sul e o Japão. Restos do foguete caíram perto do mar do Japão.

A Coreia do Norte declarou a missão bem-sucedida e afirmou que o satélite experimental de comunicações estava transmitindo. Mas os EUA negaram essa versão, dizendo não terem registrado nenhum satélite novo na órbita da Terra.

O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência a pedido do Japão. Nos bastidores, os EUA trabalhavam pela condenação da Coreia do Norte, por elevar o risco de conflito na região. Mas Rússia e China, governos mais próximos a Pyongyang, pediram calma e alertaram que uma condenação da ONU pode piorar a situação.